Saiba o que são e porque as laces inteligentes são aliadas a quem faz tratamento contra o câncer e contra a alopécia

Vitrine da Mulher, em Goiânia, é um dos poucos salões do Brasil que tem o produto

Especialistas em tratamento de câncer são enfáticos em dizer que a autoestima e o bem estar mental são fatores fundamentais para que o paciente possa se recuperar mais rápido. Porém, relatos de mulheres que passam pelo processo de quimioterapia nos contam que a queda dos cabelos faz com que elas não deseje mais sair de casa ou se socializar com outras pessoas.

"A gente se torna o centro das atenções por não ter cabelo. As pessoas nos olham com dó, com pena e já pensam 'coitadinha'. Além disso, sempre tem aquelas perguntas indesejáveis que nos fazem reviver a dor e a angústia ao ter que contar tudo pelo que estamos passando. E isso acontece justamente nos momentos de lazer", desabafa Cristiane Romemo, portadora de câncer de mama e em tratamento há mais de 10 anos. Ela destaca que quem está de fora pode achar que cabelo 'é o de menos' para quem está em tratamento contra o câncer, mas que não é essa a verdade. "A ausência do cabelo traz insegurança, isolamento e depressão. E tudo isso faz a doença piorar", desabafa.

Pacientes em tratamento contra a alopecia, que virou notícia internacional recentemente após a piada com Jadda Smith, esposa de Will Smith, durante a cerimônia do Oscar 2022, passam por situação semelhante. No caso da Alopécia, ao contrário do tratamento contra o câncer, a queda dos cabelos é permanente e vai ficando mais intensa ao longo dos anos. É uma doença genética.

Este é o  caso de Jovenilia Bezerra Carvalho, 66 anos. Ela relata que desde adolescente sempre teve muito pouco cabelo. "Meu cabelo sempre foi muito pouco. Com os anos ele foi ficando cada vez mais escasso. Isso ia me deixando triste e deprimida. As pessoas na rua olham , percebem e a gente se sente estranha. Porque o normal é ter cabelo. Minha autoestima estava muito ruim e foi aí que a Eliana me apresentou as laces inteligentes", conta.  Jovenilia conta que após começar a usar a lace ela voltou a sair e a frequentar bares e restaurantes. "Me sinto bonita de novo", destaca.


As laces inteligentes relatadas por Jovenilia são perucas com fios artificiais inteligentes que foram desenvolvidas no Japão. Elas chegaram a pouco  tempo no Brasil e o público as conhece muito pouco. De acordo com Eliana Martins, proprietária do Salão Vitrine da Mulher, em Goiânia, que é um dos poucos no Brasil que comercializam as peças, essas perucas têm como diferencial a leveza, a naturalidade, a maleabilidade e a facilidade de cuidado.

"As laces inteligentes são ideais para quem está fazendo quimioterapia ou para quem sofre com a alopecia. Isso porque elas são fáceis de usar, permitindo que a pessoa coloque e tire sozinha e tem a manutenção que pode ser feita em casa. São perucas que dão movimento ao cabelo e que, por isso, dificilmente é perceptível que não é o cabelo de verdade", revela a especialista ao destacar a facilidade para lavar e para colocar que a peça fornece.

De acordo com Eliana, as laces podem ser lavadas em casa em uma bacia com shampoo neutro. Ainda de acordo com ela, as perucas inteligentes podem secar naturalmente e não precisam de cola ou de touca para colocar no cabelo. "Praticidade e naturalidade são os principais diferenciais desse produto", revela.

E foi pensando nessas mulheres que Eliana Martins e toda a equipe do Vitrine da Mulher prepararam a campanha do Dia das Mães focada em mulheres reais que lutam contra essas doenças e que buscam manter a autoestima elevada com o uso das laces. Nas fotos e nos vídeos estão  Jovenilia Bezerra Carvalho e Noemi, ambas clientes de Eliana e adeptas das laces.

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